Descrição da nossa Região

A nosso terra (A-Do-Barbas) situa-se a cerca de 15 Km de Leiria. Para se chegar lá, pode-se optar pela estrada que liga Leiria a Nazaré, e após passar uma terra de nome Maceira, encontrará logo a indicação para a nossa terra. Fica desde já o nosso convite.

O Rancho Folcórico "As Pinhoeiras" do Centro Popular e Recreativo de A-do-Barbas, representa uma região etnográfica demarcada, denominada por antigo norte da Estremadura, hoje sul da Beira Litoral. A apresentação de cantares, danças e trajes acenta nos costumes e tradições dos povos que viviam nesta região nos meados do séc. XIX. Esses costumes referem-se a danças, cantares, forma de trajar, trabalhos rurais e apartir dum costume com cerimonial próprio "as britadas" onde como o povo trabalhador manifesta o seu espírito solidário, cooperante e de entreajuda, assim como o seu espírito cultural.

A-do-Barbas, entre mar e terra, instala-se numa planície rochosa. Enquadrada pelos enormes pinheiros de reflexos prateados, abre-se a pitoresca paisagem constituida por terrenos de cultivo: vinhas, oliveiras e arvores de fruto diversas.

Cercada de lindos vales, de terras férteis, onde o povo ainda à maneira antiga vai cultivando o feijão, milho e outros produtos hortículas. Ladeados que são, de carreiros estreitos, onde por eles ainda passam os pacientes jaricos e chiam as rodas dos velhos carros de bois.

Estende-se ainda uma enorme àrea de enormes pinheiros mansos, onde se diz ter começado a formação da aldeia. Ao Sul embelezada por uma nódoa de floresta , onde ainda não ‘chegou a civilização’, o chilrear dos passarinhos rompe o silêncio de cada manhã. Ainda à uns anos atrás faziam parte desta paisagem : um moinho e os enormes velhos carvalhos que com o crescimento da aldeia deram lugar a outro cenário

Situada no centro da aldeia, fica a sua capelinha,construida pelo povo por invocação ao apóstolo S.Tiago. Das suas obras contam uma reforma em 1976 e o seu alargamento 1996. De notar que a quando dos cortejos de oferendas para as obras da capela, todo o povo da aldeia contribuío de várias maneiras, desde víveres para leilão como ofertas monetárias.

Capela Santiago e "As Pinhoeiras"

Para além deste marco que pontifica uma época e várias gerações, outros são, de menor importância, que fazem parte da história desta tão antiga aldeia. A fonte da ‘Lameira Larga’, belo exempar que dela não se sabe data, só ela sabe quantos ali mataram a sede e diz a lenda, e os mais antigos, que outrora quando as mães sentiam a falta do leite materno, para amamanetar os seus filhos, recorriam a esta fonte em busca da tão saborosa e milagrosa àgua.

Fonte da Lameira Larga

Maceira,  uma povoação nossa vizinha muito antiga, conserva no ar importantes vestígios da denominação romana.

A sua igreja matriz, modificada por uma reforma de 1887, conserva o primitivo portal manuelino, cingido por dois bataréus de verga interior golpeada e acogulheada no remate. O renque decorativo de pedraria que preenche a empena de bico, com uma imagem de N. Senhora da Maceira, que ficou sendo, por muitos anos a padroeira desta freguesia; emergente do fecho e um janelão de coro amainelado e lavrado

Na nossa aldeia o artersanato foi pobre, visto que maior parte dos nossos antepassados se dedicaram à faina do campo. Embora que os diversos utensílio por eles utilizados na agricultura e domésticos, tais como: moais para debulhar os cereais, as cangalhas para os animais, e com vista a transportarem alguns produtos; de uma forma geral todos os utensílios de madeira eram por eles fabricados. As mulheres dedicavam-se à lavoura e bordavam as suas próprias roupas.

Houve ainda quem se dedica-se ao fabrico dos cestos; os cesteiros, que nas horas de pouca lida se ocupavam a embaraçar o vime.

Artesão que hoje em dia está esquecido na memória do povo da nossa época, foi o artíficie das gamelas, que com o auxílio da enxó, vendia muitas delas em peniche, trazendo depois consigo, em troca, o peixe que depois era vendido na aldeia e seus arredores